quarta-feira, março 16

Há alturas em que o poeta consegue facilmente atingir "o sentir desenfreado da mão que escreve solta no pensamento". Como por exemplo, depois de uma noite na Espanhola, a tasca mais conhecida entre os estudantes de Viana.
Quando o corpo solta e se deixa levar pelo poder centrifugador da cama, que gira frenéticamente, surgem os mais genuinos pensamentos.
Deixo aqui o testemunho de uma dessas noites, num poema que surgiu como raio alucinado e de uma acentada só.

Estou quente
Estou pesado
Mais bêbado que borrachão
Só aguento deitado
Na rua, no chão
Antes isso que pedrado
Prefiro alcoólico
De corpo mole
A ganzado sem reacção
Pelo menos ainda penso
Pouco, mas reajo
O corpo é que não
Sei que faço
Mas não controlo
Sei que penso
Sei que digo
Mas meu corpo
Meu corpo sem senso
Fica aqui perdido.

1 Comments:

Blogger ]JuLiE[ said...

já fumaste? algum dia? ja provaste o sabor? ja te deliciaste c um? e dp te recostaste na cadeira? mil e um pensamentos voam na cabeça... o teu corpo fica sem reacção, sim, ou só te apetece rir, tb pode... mas o corpo fica inerte para dar lugar a uma hiperactividade da mente... pensas em coisas k jamais pensaste! e ficas viciado nakela adrenalina de ideias...

5:27 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home