quinta-feira, janeiro 19

Os meus amigos ácidos II (As manchas do jantar)

Tu és o que comes.
Desculpem a importação.
Não é pior que os restos,
Em pratos sujos ressequídos,
Deixados na mesa ao ar,
Durante a difícil digestão.

Nem por ácidos processos,
Métodos abrasivos variados,
Se vão deteriorar as nódoas.
São manchas permanentes,
Desse indigesto jantar.

Crosta de gordura seca,
Molho grosso espalhado,
Colheres de sujidade,
E outros sobejos por comer.

Festim medieval terminado,
Ficam os dias de limpeza,
e as marcas imutáveis.

Partir a louça em cacos.
Prudente solução, talvez.


Tiago Martins, 18 de Janeiro de 2006.