Os meus amigos ácidos II (As manchas do jantar)
Tu és o que comes.
Desculpem a importação.
Não é pior que os restos,
Em pratos sujos ressequídos,
Deixados na mesa ao ar,
Durante a difícil digestão.
Nem por ácidos processos,
Métodos abrasivos variados,
Se vão deteriorar as nódoas.
São manchas permanentes,
Desse indigesto jantar.
Crosta de gordura seca,
Molho grosso espalhado,
Colheres de sujidade,
E outros sobejos por comer.
Festim medieval terminado,
Ficam os dias de limpeza,
e as marcas imutáveis.
Partir a louça em cacos.
Prudente solução, talvez.
Tiago Martins, 18 de Janeiro de 2006.
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