segunda-feira, maio 30

...uma pausa...

Depois de um dia
pleno de quotidiano,
uma pausa...
Um jantar lauto
para um...
Da varanda vejo a lua,
mais resplandescente que nunca...
coberta por uma névoa,
por um lençol fino
de retalhos de núvens
que tentam encobri-la...
Mas só a tornam mais bela!
Ouvem-se gargalhadas de fundo,
uma música agradável ao longe...
e o brilho da lua...
Precisava parar
por um instante,
na ausência do caos
e da euforia desenfreada...
Precisava do tempo
de um cigarro
sozinha...

segunda-feira, maio 2

Hollowed Poem

O vazio apoderou-se de mim:
a minha mente cessou de pensar,
a minha mão deixou de escrever,
os meus dedos servem apenas para...
segurar o copo e o cigarro...
segurar o vício pagão
de um ser que deixou de acreditar,
que deixou de ter esperança
por um dia que valha a pena,
que tenha significado algo,
algo importante,
algo bom!
Agora vivo entre o preto e o branco,
num triste e melancólico
cinzento,
em forma de nuvem que traz a chuva,
em que todos os dias são iguais,
em que tu não estás...
em que nem mesmo eu estou.
Eu não estou em mim,
mudei-me para longe
para um mundo ilusório e optimista
em que tudo correrá bem!
Quero acreditar que posso ser assim
crédula, esperançosa, optimista,...
mas o que quero é apenas
ilusório!
O vazio apoderou-se de mim
pois nada resta do que pensei
enquanto escrevia,
pois nada senti do que sentia,
enquanto escrevia,
pois nada é o mesmo
agora que escrevo!